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O que é epilepsia?

  • Dra. Maria Alice Bicalho
  • 30 de jun. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 17 de ago. de 2021

Crises epilépticas recorrentes. Está é a principal característica da epilepsia: um distúrbio cerebral que atinge de 1 a 2% da população em geral e pode afetar pessoas de todas as idades.


Crises epilépticas são sinais e sintomas gerados por uma atividade neuronal anormal e transitória no cérebro. Isto significa que um grupo de neurônios (células cerebrais) emite sinais incorretos por um curto período de tempo, gerando os sintomas da crise.


Existem vários tipos de crises epilépticas. As crises focais são aquelas restritas a uma parte do cérebro, que podem ou não evoluir com perda de consciência. Muitas vezes o paciente percebe o início da crise e consegue pedir ajuda ou buscar um local seguro para se proteger. Porém, essas crises também podem iniciar já com comprometimento da consciência e comportamentos diferentes e automáticos, como mastigar, engolir, caminhar, repetir palavras ou expressões, sem interação adequada com os demais.


Existem crises que acometem todo o córtex cerebral logo no início - são as chamadas crises generalizadas. Essas crises podem se manifestar de formas diferentes. Nas crises de ausência, o paciente interrompe o que está fazendo e não interage com as pessoas e o ambiente ao seu redor durante alguns segundos. Já nas crises tônico-clônicas generalizadas (conhecidas como crises convulsivas) o paciente apresenta abalos rítmicos dos membros, podendo ocorrer liberação de esfíncteres e mordedura de língua.


Crises que duram mais de cinco minutos ou crises recorrentes sem a recuperação da consciência entre elas indicam uma situação de emergência neurológica (estado de mal epiléptico), na qual o paciente precisa de atendimento médico imediato.


Alterações estruturais ou funcionais no cérebro podem causar epilepsia, como o AVC (acidente vascular cerebral), cicatrizes de traumas cranianos, traumas durante o parto, malformações, tumores, algumas condições genéticas, entre outros.

O diagnóstico de epilepsia é feito com base na história clínica e alguns exames. O eletroencefalograma (EEG) e exames de imagem como a ressonância magnética de crânio são fundamentais na investigação. Exames normais não excluem o diagnóstico.

Epilepsia tem tratamento, e a maioria dos pacientes alcança bom controle de crises. Existem vários tipos de medicamentos antiepilépticos, e a escolha é feita individualmente, com base no perfil do paciente, tipo de epilepsia e comorbidades que o paciente apresenta. A cirurgia é uma alternativa para alguns casos em que não se consegue bom controle das crises com tratamento medicamentoso.


Dra. Maria Alice Bicalho

CRM 71948


 
 
 

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